Tuesday, February 08, 2005

 

Pombos: esses grandes malucos

Uns pensamentos deveras perturbadores assaltam-me de quando em vez, quando passo pelas ruas deste país: a população de pombos está a diminuir. No entanto, não é a diminuição drástica do número destes que me preocupa em si, mas sim, a maneira de como estes perecem. E o caro leitor pensa, “ porque raio é que este artolas vai pensar em pombos esses bichos estúpidos que só cagam as estátuas e bombardeiam os nossos carros com presentes?” e pensa muito bem. A resposta é porque sim, porque choca-me ver os animais assim esparramados numa pasta de sangue no chão. Sim caro leitor, o pombo deve ter a sua função para além da decorativa, bibelot, nem que seja aquela de fazer guano – um bom adubo natural, na maior parte proveniente das gaivotas – ajudando assim umas poucas de famílias desfavorecidas e a derrubar a imensa maquina capitalista da industria petroquímica dos adubos.

Mas vamos á questão principal: a que se deve esta elevada mortandade “pombalina”? De certeza que não se deve à realização de abortos pelos imensos casais de pombinhos arrufados, uma vez que eu não tenho ouvido falar de politicas de planeamento familiar entre estes seres. Houve em tempos do mítico caso do 605 forte que era ministrado sabe-se lá por quem – talvez por uma velhinha “inocente” acérrima defensora do anti-pombalismo – em lugar do vulgar milho e migalhitas de pão do dia anterior. Opção esta pouco plausível uma vez que velhas destas há poucas, estão muito bem internadinhas ou enterradas, e a reforma não chega para o remédio uma vez que há prioridades no que toca á farmácia. A hipótese para a qual mais me viro, é para a existência de uma noite alternativa para estes seres alados. Estes metem-se nos copos, na bela da pastilha, sacam da bela da pomba e depois é vê-los todos marados a arrulhar, abanando o capacete nessas ruas de Lisboa.


Comments:
Sabes qual é o problemas: não há menos, mas sim mais e eles deixaram de ter medo das pessoas. Não fogem tão depressa...
 
Tu deves andar distraído... Vai ao Cais do Sodre, Martim Moniz, Av. Alm. Reis, Praça do Chile, Edificio da Portugália ou fica alguns minutos debaixo da àrvore que da esquina e logo vês.
 
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